domingo, 30 de março de 2014

Módulo 1000

Módulo 1000

Não fale com paredes (1970)

Grupo carioca de progressivo/hard rock, formado em 1969, que teve breve duração. O quarteto seguia uma linha pesada com nítidas influências de Black Sabbath e toques de psicodélicos a la Pink Floyd. O Módulo 1000 teve em seu currículo a participação no V Festival Internacional da Canção e o lançamento de um único álbum em 1972, que hoje é um valioso item para os negociantes de LPs raros. Na década de 1990, um colecionador de discos do Rio de Janeiro comprou os direitos do Módulo 1000 junto a Top Tape e transformou o LP em CD com um número limitado de cópias. O CD saiu pela Zaher Zein/Projeto Luz Eterna. Na Europa o disco - Não Fale Com Paredes - tornou-se um clássico. 




Módulo 1000 no Festival da Record (1969)
"Não Fale Com Paredes", o único álbum da banda, um exercício de criatividade instrumental, marcada por riff's marcantes de guitarra que, hoje, pode-se nivelar aos melhores discos do gênero produzidos no país e no exterior. "Turpe Est Sine Crine Caput", cantada em latim, com um impressionante trabalho de guitarra, abre o disco mostrando o que vem pela frente. "Não Fale Com Paredes", com parte da letra de Vitor Martins ("Uma pessoa/É uma figura/É uma imagem/Numa moldura"), em clima de quase hard-rock à la Grand Funk Railroad, expõe a face mais pesada do grupo. E "Espelho" é uma viagem acústica, com vocais suaves, que lembra um pouco a sonoridade dos Mutantes. 


Um aviso na capa do LP reflete a preocupação do grupo com a qualidade de produção: "o tempo de duração de cada face do disco foi limitado a 16 minutos para proporcionar uma excelente reprodução sonora". Objetivo alcançado, pois ainda hoje causa surpresa aos novos ouvintes o resultado final do disco, gravado com as conhecidas condições técnicas nacionais de trinta anos atrás. E por jovens que tinham idade média de 20 anos. 



"Não Fale Com Paredes" também é assíduo frequentador das "wanted lists" (os mais procurados) de colecionadores internacionais de discos raros de música psicodélica e progressiva. Sua capa (em detalhe) está no livro "2000 Record Collector Dream", do austríaco Hans Pokora, e uma de suas músicas - "Lem-Ed-Êcalg (Glacê de Mel, ao contrário) - integra a coletânea "Love, Peace & Poetry - Latin American Psychedelic Music", ao lado da também brasileira "Som Imaginário". 






Mesmo assim, a sina de "Não Fale Com Paredes" parece ser permanecer no anonimato. Remasterizado, com capa original de papel e encarte com as letras, ganhou versão em CD, sem que ninguém tenha se dado conta.
Originalmente gravado pela Top Tape, a reedição caprichada, limitada e provavelmente esgotada é da Zaher Zein/Projeto Luz Eterna. 

Obs: O blog musicalango traz faixas exclusivas, o fino do fino pra você que já conhece esta incrível e indefectível banda. Estas faixa vêm de discos tipo vários autores, e não lançados oficialmente (?). Confira no terceiro link.

Baixe aqui, calango! (Senha: muro)
(Ou pelo Mega) (Senha: muro)
Créditos: murodoclassicrock4.blogspot.com
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sábado, 29 de março de 2014

Vecchio: Afro-Rock (1971)

Vecchio

Afro-Rock (1971)

Com muita percussão, sopros incríveis e um gingado único que o Brasil herdou. No álbum é possível ver influências do Dub, e o tema africano é muito bem explorado com bongos-conga, flauta e órgão funk.

É difícil definir, mas por vezes é considerado Spiritual Jazz.

Selo: Music de Wolfe (UK).

http://www.israbox.com/1146391954-mombasa-2-african-rhythms-blues-1976.html
http://whatsinmyipod.blogspot.com.br/2007/01/vecchio-afro-rock.html
http://contramaoprogrock.blogspot.com.br/2009_03_01_archive.html
http://www.ambientexotica.com/exorev270_vecchio_afrorock/

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sábado, 22 de março de 2014

Sérgio Sampaio

Natural de Cachoeiro do Itapemirim (ES), assim como o rei Roberto Carlos. Filho do sapateiro Raul Sampaio e da professora Maria de Lourdes Morais.
Suas canções passam por ritmos como samba, blues, rock n' roll. No Rio de Janeiro conheceu Raul Seixas, então produtor da CBS, com quem formou grande amizade e parceria. Foi fazer o teste para tocar com Paulo Diniz, mas acabou contratado em seu lugar. No ano seguinte, participou do coro de Renato e seus Blue Caps.

Em 1972 vence o IV FIC com a canção "Eu quero é botar meu bloco na rua", e em 1973 lança o primeiro LP pela gravadora Philips, que contava com "Cala a boca Zé Bedeu", canção que ouviu aos 16 anos de seu pai.
Censurado pela ditadura e pela moral, teve vida de boêmio, já chegou a mendigar para viver nas ruas do Rio de Janeiro. Morreu em 1994, decorrente de pancreatite, assim como Raul morrera em 1989.

+ Histórias:
Segundo o "Correio da lapa", há a notícia triste de que o irmão de Sérgio, Dedé Caiano, morreu de fome em sua morada. Mais por falta de força de viver do que de comida. Dedé ainda chegou a publicar um livro.
Frustrado na noite que deveria ter sido a de autógrafos, pegou os 20 exemplares (40 páginas, cada) e atirou-os às águas plácidas do Rio Itapemirim, o mesmo que recebera as cinzas do cronista Rubem Braga, enquanto gritava "Vou lançar meu livro!" seguido de uma gargalhada fatal, aguda e semelhante à rara gargalhada de Sérgio Sampaio.
Helinho, outro irmão dos ditos "artistas malditos" permanece vivo (informações de 2009), também perigando a escorregar na vida aguardente.
Raul Sampaio (pai), autor de "Cala a boca Zebedeu" era sapateiro e regia uma lira, compunha hinos e sambas malandro com grande cadência.
Outros "artistas malditos" são Jards Macalé, Luiz Melodia, Tom Zé, Jorge Mautner e Walter Franco.

Veja link aqui, calango!
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