domingo, 16 de novembro de 2014

Bomba Estereo - Pa la gente inteligente bailar

Si! Esta música es pa la gente inteligente... Y pa bailar!

Grupo de Cumbia da Colombia, o Bomba Estereo traz sonoridades da cumbia que exploram com maestria os elementos eletronicos para proporcionar experiências únicas na audição. Incorpora elementos de Música eletrônica, rock, rap e reggae e reggaeton para difundir sua arte com a música caribenha típica, como cumbia e champeta.

Foi indicado a prêmios em 2013 para melhor álbum (Elegancia tropical) e melhor artista ou grupo; Melhor artista revelação pelo iTunes America Latina 2012; Já teve músicas usadas em jogos de videogame FIFA (canção Fuego) e filmes (La boquilla, no filme Limitless).

Embora o primeiro álbum do grupo seja o Bomba Estéreo Vol. 1 (2006), meu primeiro contato com o Bomba foi no álbum Estalla (2008), que a princípio me proporcionou estranheza pois não conhecia bem o racional da Cumbia. Como disse, estranhei um pouco a princípio, mas após a segunda ou terceira audição, pronto! Já estava viciado.

Enquanto Vol. 1 (2006) se mostra mais eletrônico e com influência Rap (que acompanha todos os álbuns), com pouca participação de Liliana Saumet, o auditor poderá ver que é diferente da tendência adotada nos álbuns seguintes, em que após a entrada definitiva da cantora, ficou definida a identidade da banda. Neste álbum, é forte o uso de teclados, sintetizadores, samples, e a atmosfera se completa com a repetição de arranjos, alternando os instrumentos, além de efeitos como eco... Enfim, é um album que foi uma boa apresentação do Bomba e pra os fãs será aquela pérola de raiz, algo mais distante do popular e sendo assim um disco mais íntimo. Gosto de todas, mas minha favorita deste álbum é Huepajé, a qual é a única que tem participação de Saumet.

No segundo álbum - Estalla, 2008 - Li Saumet está totalmente encruada na banda, assim como sua identidade que se definiu nos anos seguintes. Estalla começa com a ótima Cosita rica, com ritmo contagiante, e a letra trata de uma mulher livre e descolada, que foi à balada e fala o que quer com um carinha que pegou lá... A mulher livre também é temática de Juana, personagem que se perde no carnaval, e faz toda a curtição que qualquer carnaval merece: Dançar com todos, rir, brincar, jogar maizena, etc...

La boquilla é a folclórica música, a mais próxima da champeta; Aguasalá, quebra o clima dançante para dar um novo ar à interpretação de Li Saumet, cuja letra trata poeticamente de tristeza, solidão e sonhos.


Em Elegancia tropical (2012), o Bomba conseguiu se superar mais uma vez. O disco começa com Bosque, uma faixa meio chill (estilo eletronico), e logo em seguida vem a fantástica Bailar conmigo, que é muito dançante mesmo, embora El alma y el cuerpo tenha alcançado o mesmo sucesso, também sendo uma boa canção. 

Por vezes temos a psicodelia e a música eletrônica como guia na viagem sonora da Bomba Estereo, como vemos em Pájaros e Pure Love;
O reggaeton pega muito, em Caribbean power; O rap, em Rocas;

Pra completar de vez meu amor à Bomba, veio uma nova canção, ainda não lançada em álbum, que abriu horizontes e quebrou limites: A Cumbia Sicodélica!


Bem, pra resumir: Bomba Estéreo é música pra gostar, pra dançar, pra se emocionar.. Não tem tempo ruim com a Bomba!

Banda:
Liliana Saumet (Voz)
Simón Mejía (Baixo e sintetizadores)
Kike Egurrola (Bateria)
Julián Salazar (Guitarra e sintetizadores)
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sábado, 8 de novembro de 2014

Cumbia! Que es la cumbia?

Gente, estou meio bastante sumido, né? Coisas da vida, mestrado, estudos, trabalho etc... Mas a música não para!

E para retornar com as atividades, esse post é uma preparação para uma postagem próxima, sobre Cumbia, ritmo que me encantou e maravilhou, devido à riqueza do ritmo, instrumentos e toda a magia envolvida.

E quando falamos de ritmo, temos na Cumbia uma raiz muito rica: África.
Isso mesmo, apesar de ter atualmente bandas populares, com sons parecidos com a Salsa, a cumbia é oriunda de estilos musicais africanos, que na Colombia se originou e depois disseminou pela America Latina, principalmente no paraguai e países vizinhos (escutei uma Cumbiazinha num boteco na Argentina!). Cumbia é popular na Colombia, como é o samba no Brasil, ou rumba em Cuba...

A história conta que surgiu na costa do caribe, com escravos africanos, durante a época colonial. Parece não haver um consenso sobre a origem da palavra: Da Guiné equatorial, cumbé (ritmo e dança de Mbata, nesta região); ou cumbé, palavra de dialeto africano que significa festa.

Entre os instrumentos, temos principalmente tambores, gaitas colombianas, flauta de millo, maracón e guache.

Temos ainda tipos de cumbia: Cumbia andina (Também chamada "Chicha"), colombiana, Panameña, Argentina, Villera, venezolana, salvadoreña, chilena, Nueva cumbia chilena, boliviana... etc. ou ainda se divide em Cumbias Clássica (de raiz, baseado mais em danças e instrumentos), moderna, cumbiamba.

Cumbia Argentina tem influências de Chamamé e Tango. Cumbia villera é uma derivação da cumbia argentina, que se diferencia pela letra de teor marginal. O termo Villa remete a qualquer coisa de "villa miseria" que equivale às pequenas favelas, ou o termo "nigger" estadunidense. Vê-se por exemplo, a luta pelo reconhecimento igualitário da sociedade.

Começou a se difundir em 1942, na rádio bogotana, com a estrofe "se vá o caimán", a ponto de motivar protestos contra as composições "imorais". Isto porque em 1940 fora publicada uma lenda de um homem, metamórfico em caimán (?), e vivia em canos chorando com voz humana... O que foi depois imortalizado na letra de José María Peñaranda. Então temos aí um elemento folclórico do ritmo.

Entre os expoentes da cumbia, temos José de Barros, Arturo Jaimes, Efraín Mejía, Selena, mas estes são parte da história da Cumbia.
Atualmente temos um universo de Cumbia para explorar, tão grande que mescla elementos de Rap, Hip Hop, eletronica, jazz, rock, salsa, afrobeat...
Vamos explorar?

Fonte: Wikipedia e blogs latinos
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